Aprendizagem além da sala de aula

No dia 28 de fevereiro, os alunos do 3º ano B, do ensino fundamental, participaram de uma atividade externa interdisciplinar entre as matérias História e Matemática com a professora Mônica Garcia. Os alunos realizaram um trajeto em torno do quarteirão da escola com o intuito de reconhecer características históricas do bairro e também detectar as formas geométricas que cada construção possui.
Para a regente, práticas externas como essas são importantes para que os estudantes aprendam de maneira mais dinâmica e lúdica o conteúdo através de uma atividade inusitada.

Sistema Solar além dos livros

Os alunos do 3º ano B, do Ensino Fundamental, produziram um Sistema Solar confeccionado com massa de modelar, pela orientação da professora Mônica Garcia. A proposta, realizada no dia 19 de março, foi auxiliar na aprendizagem sobre o universo, de forma lúdica, produzindo uma interação maior entre a turma e o objeto de estudo.
O exercício começou em sala de aula e não ficou restrito apenas nesse espaço. Após cada aluno finalizar a sua representação do universo, todos os resultados foram expostos para os colegas do 2º e 3º anos.
Todas as fotos estão no nosso Flickr:
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Primeiro “aulão” interdisciplinar de 2019

No dia 19 de março, os alunos do 3º ano do Ensino Médio participaram de uma aula conjunta entre as disciplinas Biologia, do professor Ricardo Silva e Redação, da professora Cintia Combat. O tema central da discussão foi às infecções sexualmente transmissíveis (IST), uma vez que constitui a grade de ensino em Biologia e também pode ser um possível tema de redação em diversos vestibulares.
A atividade aconteceu no auditório e os alunos, após aprender o conteúdo, serão avaliados sobre o que foi exposto no “aulão”. Esse formato auxilia na fixação acerca da temática aconteça de forma mais efetiva.
Confira as fotos da atividade no nosso Flickr:
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Alunos do 4º ano A aprendem sobre camadas da Terra de forma mais dinâmica

Com o intuito de ensinar de forma mais efetiva sobre a complexidade das camadas da Terra, a professora Pollyana Souza proporcionou uma dinâmica diferente aos alunos do 4º ano A. A regente realizou uma atividade com massa de modelar para tornar mais palpável a composição e espessura de cada camada. A tarefa aconteceu no dia 28 de fevereiro.

Para a professora, além da aprendizagem sobre o conteúdo, essa estratégia acarreta uma serie de benefícios para os alunos. Algumas delas são: a capacidade de seguir orientações, aprender nomenclaturas diversas, zelo com os materiais e, principalmente, respeito com as ideias dos outros colegas.

Confira todas as imagens no nosso flickr:

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Formas de linguagem são exploradas no 2º ano

Os alunos do 2º ano A, do ensino fundamental, executaram uma atividade interdisciplinar entre Artes e Língua Portuguesa no dia 25 de fevereiro. Por meio da supervisão da professora Simone Coutinho, as crianças puderam desenvolver mais o uso com tinta, no espaço Oficina de Ideias.

A dinâmica do exercício começava pela receita da tinta, que foi feita com terra. Depois o material foi usado com o intuito das crianças produzirem pinturas rupestres usando materiais naturais. Segundo Simone, dessa maneira as crianças podem observar cores e texturas obtidas na atividade.

Confira a galeria de fotos da atividade no álbum do flickr –

Aula interdisciplinar Artes e Português

Matemática em todo lugar!

No dia 25 de fevereiro, a professora do ensino fundamental, Simone Coutinho, realizou uma atividade externa de matemática com os alunos do 2º ano A. A tarefa aconteceu no Ecoparque, onde os estudantes fizeram varias medições em árvores, objetos e nos próprios colegas de classe e continuaram a discussão em sala. O exercício tinha como principal foco a aprendizagem prática por meio de medidas, com o auxilio da fita métrica.

Mediante de um jogo proposto no material didático, a professora conseguiu mesclar o conhecimento adquirido no ambiente externo do Ecoparque, com a prática em sala de aula. Para a regente, em momentos de ensino dinâmicos como esse, as crianças podem explorar números, sequencias numéricas e quantidades de forma mais lúdica.

Confira a galeria de fotos da atividade no álbum do flickr –

Atividade sequências numéricas e quantidades

Aula invertida também é divertida!

Os alunos do 6º ano A e B tiveram uma experiência de aprendizagem diferente sobre a matéria classes de palavras, na disciplina de Língua Portuguesa. A professora regente, Lucinette Lima, realizou parte da atividade com os estudantes no Laboratório de Inovação, onde fizeram pesquisas no ambiente web. A atividade foi finalizada em sala de aula, com apresentação dos grupos. O exercício aconteceu no dia 19, turma B, e no dia 22, turma A.

Segundo Lucinette, a iniciativa objetivou melhorar a capacidade de fixação dos alunos. Ao estudar o tema e, na sequencia apresentá-lo aos colegas de classe, a aprendizagem e apreensão do conteúdo torna-se muito mais eficaz.

Confira a galeria de fotos da atividade no álbum do flickr – https://www.flickr.com/photos/colegioicj/albums/72157707379917455

Os filhos do quarto

Neste momento de consternação e tristeza sobre os fatos ocorridos na escola Raul Brasil (Suzano-SP), uma pausa para uma reflexão faz-se necessária. Precisamos conversar, ouvir, acolher, colocar limites, observar, assegurar nosso amor. Sim, temos muito trabalho para educarmos nossos filhos, mas não podemos abdicar da nossa função formadora. O Colégio ICJ está junto a cada um de vocês, nesta parceria.

Níblia Soares Moreira

Orientadora Educacional

 

OS FILHOS DO QUARTO

“Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje temos perdido eles dentro do quarto!

Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo à distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.

Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos.

Hoje não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança.

Quanta imaturidade a nossa.

Agora ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é…

Perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.

Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar…

Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles têm sido influenciados e os pais nem sempre sabem o que seus filhos são.

Você hoje pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos.

Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente.

Mas como Psicopedagoga tenho visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço a você um convite e, por favor aceite!

Convido você a tirar seu filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por no mínimo dois dias estabelecidos na sua semana à noite (além do sábado e domingo).

E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades de tê-los vivos, “dando trabalho” e que eles aprendam a viver em família, se sintam pertencentes no lar para que não precisem se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou terem um pouco de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal!”

(Texto de Cassiana Tardivo)

Uma palavra sobre o dever de casa

Lendo José Saramago, uma passagem me chamou a atenção “A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu lá, ver na Primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.” E muito claramente fiz uma analogia com o dever de  casa, a viagem não termina quando sinal soa para os alunos irem para casa, é lá que começa. A nossa ideia é que os alunos vão com interrogações, curiosidades, vontade de desvendar as sementes que plantamos, contudo o dever de casa tem se tornado cada vez mais conflituoso para famílias e escola, no mínimo controverso.

 

Muitas vezes o dever de casa torna-se o principal ponto de conflito entre escola e família, professores e alunos, pais e filhos. É inegável a importância deste instrumento para o desenvolvimento do hábito do estudo e da pesquisa, da disciplina intelectual, além de servir como extensão das atividades escolares. Entre pais e alunos, esse é um assunto bastante comum, pois afeta diretamente suas vidas, seu convívio, seus hábitos e suas rotina.

 

Durante a minha vida profissional e também como mãe, muitas vezes questionei os para casa, e às vezes até de forma incoerente, porque ao mesmo tempo em que reclamava da quantidade de para casa de um professor, queixava do outro que nunca dava para casa. Afinal, qual o objetivo pedagógico do dever? Tem quantidade para ser eficaz? Tem que dar em todas as aulas?

 

É certo que dever de casa é um recurso eficaz no que diz respeito à preparação do aluno para uma sociedade focada em resultados quantitativos e exames classificatórios, mas também contribui em aspectos disciplinares e no estreitamento das relações entre a família e a escola. Enquanto ferramenta pedagógica, a tarefa de casa deveria ser o momento de autonomia para o estudante, no qual ele realizaria a “repetição” ou tornaria o aprendizado “palpável”, sem pressão ou interferência, a fim de levantar as dúvidas, ter certeza se aprendeu e o quanto, de certa forma, é uma avaliação do processo de ensino-aprendizagem.

 

O papel primordial é a autodisciplina,  a habilidade mais difícil de ser trabalhada. Assim, os deveres de casa ensinam o aluno a desenvolver essa competência – que chega acompanhada de outras características como autorresponsabilidade, organização e capacidade de concentração – na prática. Em consequência disso, observamos que os alunos que têm o hábito do para casa e do estudo diário são os de maior facilidade de aprendizado, principalmente aqueles, cujas famílias interviram da maneira adequada, desde a educação infantil.

 

Não raro, tomamos conhecimento, por meio de atendimentos pedagógicos e até no cotidiano familiar dos fatores que levam ao stress em torno das tarefas de casa são muitos: falta de tempo (às vezes um acumulo de tarefas extracurriculares), dificuldade em impor regras e limites, falta de diálogo com a escola, dificuldades de aprendizagem, inadequação das intervenções, falta de material ou infraestrutura em casa, etc. Pensando em todos os aspectos e em pesquisa, podemos orientar as famílias com algumas dicas:

 

  • Crianças de 5 a 8 anos:

Aspectos formais: orientar apresentação, margem, letra, cabeçalho, recorte e uso de cola.

Aspectos de aprendizagem: o momento é de aprender a aprender.

 

  • Crianças de 8 a 10 anos:

Aspectos formais: continuar a monitorar dando independência, ensinar a controlar a agenda. Uma boa dica é montar um horário semanal para o dever e pedir a criança para deixar o caderno/livro com a tarefa para a família revisar e dar o visto à noite.

Aspectos de aprendizagem:

LEITURA/ESCRITA: o momento é de aprender a estudar.

Um caderno de estudo com cinco perguntas, no máximo, sobre os temas estudados.

 

  • Crianças a partir de 10 anos:

Aspectos formais: valorizar a importância da legibilidade da letra e a organização. Usar e abusar de post-its, canetas para grifar textos e pastas organizadoras.

Aspectos de aprendizagem: o momento de aprender as técnicas de estudo, fazer a gestão do tempo e checklists.

Os esquemas ajudam muito, pois os resumos são longos.

Os mapas conceituais também são formas rápidas de obter um estudo de qualidade.

O segredo não é estudar muito e sim estudar sempre.

 

Levando-se em consideração todas as ideias, lembramo-nos de que as viagens precisam de planejamento, rota, recordações, marcas, até de voltas, de explorar o mesmo lugar duas vezes. Por isso, vamos incentivar o para casa, elogiando nos momentos certos, intervindo em outras, separando um lugar adequado com recursos e estímulos certos, ajudando nossos filhos na autonomia, na construção de um aprendizado concreto, e ainda confiando nos professores.

 

A interrupção constante de aula: uma prática prejudicial

As solicitações das famílias de retirarem os filhos nos horários que antecedem ao término estipulado da finalização do turno é uma realidade cada vez mais presente nas escolas brasileiras. O fato é que tal situação ocorre numa rotina ativa a qual acaba por prejudicar o desenvolvimento do aluno e consequentemente a organização do professor.

O docente, por sua vez, no exercício de suas atribuições, norteia-se por meio de um planejamento distribuído por horários nos quais as disciplinas e os conteúdos são desenvolvidos, seguindo um referencial curricular o qual precisa ser cumprido na íntegra para que as inúmeras etapas de ensino-aprendizagem ocorram de forma gradual, significativa, efetiva e processual.

Nesse sentido, respeitar horários, regras e combinados também são habilidades que precisam ser trabalhadas e desenvolvidas no âmbito escolar. Assim, é dever das instituições de ensino orientar aos pais sobre os prejuízos ocasionados pela atitude de chegar atrasado ou sair antes do final da aula. Dentro do possível, a escola deve analisar as demandas e buscar atender às situações que não apresentam uma conotação rotineira, sobretudo por questões de respeito às famílias. Todavia, não podemos esquecer que educar também é respeitar combinados, regras e horários. Portanto, cada caso deve ser estudado e apresentado de forma consciente, sempre pensando no bom desenvolvimento do aluno.  Além disso, o diálogo, a parceria e a confiança entre escola e família são fatores essenciais para a boa convivência.

O problema é que na maioria das vezes, ao orientar ou informar às famílias sobre os prejuízos em atender demandas fora do que é habitual, gera-se insatisfação e falta de compreensão. Conscientizar que todos têm os mesmos direitos e que as regras devem ser cumpridas, sem exceções, não é tarefa fácil, mas vale lembrar que a incisão inesperada de aulas, seja ela por atraso ou por saída antecipada, interrompe a linha de raciocínio, dispersa e atrapalha os colegas, desorganiza a rotina de sala de aula, além de prejudicar o processo de ensino-aprendizagem.