O impacto das fake news nos grupos de WhatsApp: um alerta às famílias

Em um ambiente escolar onde a parceria entre escola e responsáveis é essencial, é cada vez mais importante estarmos atentos à forma como a informação circula — especialmente nos grupos de WhatsApp de pais.

Esses grupos, muitas vezes criados com o objetivo de apoio mútuo, comunicação rápida e organização da rotina escolar, podem se tornar espaços de ansiedade, desconfiança e conflito quando passam a disseminar fake news, ou seja, informações falsas, distorcidas ou fora de contexto.

Os impactos psicológicos causados por esse tipo de conteúdo têm sido amplamente estudados entre os pais. Pesquisas recentes revelam que:

As emoções são diretamente afetadas: notícias alarmantes ou sensacionalistas geram medo, angústia, insegurança e até insônia. A sobrecarga de mensagens — muitas vezes imprecisas — impede que as pessoas façam uma checagem cuidadosa, resultando em um estado constante de alerta.

As decisões parentais se tornam mais confusas: diante da pressão do grupo e da velocidade da informação, muitos pais relatam dificuldades em tomar decisões com segurança. Isso pode levar a atitudes precipitadas, como a recusa em participar de atividades escolares ou a adoção de condutas baseadas em desinformação.

As relações entre pais se fragilizam: em vez de fortalecer laços, os grupos podem gerar desconfiança e atrito quando opiniões pessoais são compartilhadas como se fossem fatos. Muitos pais se sentem culpados por terem repassado boatos ou ressentidos ao se sentirem julgados por não seguirem determinadas recomendações.

A confiança na escola pode ser comprometida: a repetição de mensagens que questionam o trabalho pedagógico, a coordenação ou a direção escolar pode abalar a relação de confiança que tanto prezamos construir com cada família.

Há também riscos legais: expor dados, imagens ou situações envolvendo alunos, professores ou outros pais nos grupos sem consentimento pode violar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), trazendo consequências éticas e jurídicas.

Diante disso, sugerimos alguns cuidados importantes:

✔️ Sempre confirme a veracidade das informações com os canais oficiais do Colégio ICJ: www.colegioicj.com.br/contatos-oficiais-icj
✔️ Evite repassar mensagens sem ter certeza de que são verdadeiras.
✔️ Lembre-se de que cada pessoa tem um ponto de vista — isso não transforma uma opinião em fato.
✔️ Proteja a privacidade das crianças e das famílias.
✔️ Mantenha seus dados atualizados com a escola para receber todos os comunicados diretamente.

E, acima de tudo, confie na escola que você escolheu. O Colégio ICJ está ao lado das famílias, com transparência, escuta ativa e compromisso genuíno com a formação integral de seus filhos. Trabalhamos diariamente com responsabilidade, afeto e profissionalismo para oferecer um ambiente seguro, ético e acolhedor.

Além disso, é importante reforçar que cada família e cada aluno possuem suas peculiaridades, que nem sempre são apresentadas ou expostas pelas famílias nos grupos de WhatsApp com a clareza e a informação necessárias para uma melhor compreensão das ações do Colégio. Por isso, incentivamos que qualquer dúvida, necessidade específica ou situação particular seja comunicada diretamente aos canais oficiais do Colégio ICJ, garantindo um atendimento individualizado e respeitoso, conforme cada contexto.

Nosso relacionamento só é possível na base da confiança mútua e da parceria verdadeira — e não na dúvida constante ou na insegurança gerada por mensagens imprecisas.Queremos seguir atuando como um espaço educativo que complementa a ação da família, construindo juntos um futuro melhor para nossos estudantes, sempre com responsabilidade, ética e acolhimento

Contamos com você para mantermos uma rede de confiança, respeito e responsabilidade.

Atenciosamente,
Equipe Diretiva
Colégio ICJ – Educação com Amor
#OrgulhoEmSerICJ

 

Fontes de pesquisa:

  • Organização Mundial da Saúde (OMS). Managing the COVID-19 infodemic: Promoting healthy behaviours and mitigating the harm from misinformation and disinformation. WHO, 2022.
  • Moura, V. et al. (2023). Impactos emocionais da desinformação em grupos virtuais de pais: revisão sistemática. Revista Brasileira de Psicologia Digital.
  • Cruz, M. & Rodrigues, J. (2021). Fake News e Escola: entre o controle da informação e a promoção da criticidade. Revista Educação & Sociedade, ANPEd.
  • UNESCO (2022). Media and Information Literacy: A Guide for Parents.
  • Lei nº 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).