Novembro azul e algo mais

Quando criança, ouvia as pessoas dizendo que homem não chora e não entendia bem esse “não chora”. Pensava em minha ingenuidade infantil: por que será, ele não sente dor?

Pois bem, graças a minha maturidade, e sem entrar na provável intenção dessa afirmativa, tomei partido a favor dos homens. Chora sim e deve demonstrar seus sentimentos de dor, saudade, tristeza, alegria, amor, … Enfim, vivenciar suas emoções com equilíbrio, é claro, e nada de receio ao se expor.

O ato de chorar está presente na nossa vida e relaciona-se a certas situações em que é preciso dar vazão aos nossos sentimentos. O ser humano tem sentimentos comuns e chorar faz parte da nossa essência. Mas não é só isso que pretendo abordar em defesa dos homens.

Outra questão que também abraço é a quebra do preconceito masculino de ir ao médico. O Novembro Azul vem dedicando seus dias a uma campanha que tem como objetivo a conscientização da saúde do homem, na prevenção do câncer. O movimento surgiu na Austrália e tem recebido adesão de vários países, apesar de ressalvas de algumas entidades.

O certo é que o Novembro Azul nos contempla com reflexões e debates para tomada de ações benéficas à saúde dos homens.

O mês de novembro registra ainda em seu calendário a data 19 como o Dia Internacional do Homem – International Men’s Day.

Segundo os criadores dessa comemoração, não houve a intenção de competir com o Dia Internacional da Mulher e sim a de contribuir para o equilíbrio e a melhoria da relação entre os gêneros, além de valorizar as contribuições masculinas positivas para a sociedade, a comunidade e a família.

Parabéns ao nosso público masculino, filhos e netos amados, namorados e maridos gentis, primos e amigos confidentes. Vocês merecem ser lembrados em seu dia e alertados sobre a importância do autocuidado em saúde.

A luta contra a neoplasia é uma luta de todos em prol da vida. Fiquem atentos, saúde deve vir sempre em primeiro lugar.

Para finalizar, vale a transcrição de alguns versos do compositor e cantor Gonzaguinha em “Um homem também chora” (Guerreiro menino).

“Um homem também chora

Menina morena

Também deseja colo

Palavras amenas

Precisa de carinho

Precisa de ternura

Precisa de um abraço”